quinta-feira, 17 de abril de 2014

Jogo de Uma Paixão

Mentes inquietas não tem tempo de descansar. 
Desejo e luxúria não dormem quando o sol se põe.
Eu escuto as ninfas sussurrarem em meus ouvidos fantasias de submissão.

Espreitando corpos. 
Cabelos, lábios, nucas. 
Tudo em que caiba uma boca ou um desejo.

À sós com nada mais que um salivar frenético, pernas em minha cintura e dentes em meu pescoço.
Da rua é possível escutar sons alternando entre graves e agudos.
Dois corpos trocando suor distorcem o tempo e o espaço. Isolam dois seres da realidade.

Não há limites de por onde uma língua passa ou quanto prazer se pode sentir.
Só há uma regra a ser respeitada.
Terminar tudo sem forças pra levantar da cama.

                    Ramon Arcanjo


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