domingo, 6 de setembro de 2015

Untlited #0



Os reveses dos desafortunados
Constantes sincronicidades negativas
Dedicadas a tirar tudo de quem não tem nada
Alimentando as lágrimas dos que clamam por misericórdia

Tem pena de nós, pobres almas amaldiçoadas
Lançadas na tempestade mais cruel com apenas um punhado de fé em seus bolsos
Mas tão resistentes quanto o bambu
Que se curva, se retorce, mas em nenhum momento se quebra

Sustentam suas raízes com força e determinação
Alimentam o amor, mesmo depois de mordidos por ele
Deitando-se constantemente nas mesmas camas de espinhos
E respirando as mesmas cinzas dos passados que fracassaram à sua volta

Ramon Arcanjo