quarta-feira, 12 de agosto de 2015

Sincera Devoção



Escravidão voluntária
Socialmente refinada
Por tradição e costume
Cozidos em estrume

Falsos pedestais mantém deuses antigos de pé
Mas mesmo eles não sabem o quanto
Escondidos em suas cavernas do além da lenda
Queimam nas pessoas o medo como lenha

Os que dormem estão a sorrir
Em seu pesadelo travestido
Pensam estar sorrindo em um sonho qualquer
No seu carro do ano ou caro vestido

Só mais cinco minutos
De mentiras sinceras como diria o poeta
Para saciar minha imaginação
Viciada e imersa em sonhos distantes e paixão

Pobre vira lata
Vivendo da esmola de quem passa
Desejando o tesouro de uma caixa oca
Cuja chave ninguém acha

Ramon Arcanjo

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