segunda-feira, 4 de maio de 2015

A Pele que Habito



Avança em direção ao teu desejo
A mais alta identidade social
Respeito mútuo e banal
Para satisfação do ego, afinal

Caso queira recordar
Proibido está
Teu passado e vergonha selados estão
E com teu futuro não se relacionarão

Tu és fruto da ilusão de teus irmãos
Da ambição de teus pais
Tua boca foi enchida com terra
E visão não há mais

Onde está você num mundo de cascas?
Onde finca teus pés num mundo de lama?
Onde está tua cabeça num céu sem estrelas?
Onde você existe por si só?

Acaso se lembra de quem és?
Da realidade além do sonho dismorfe
No qual depositou a fé alheia?
Se recorda de qual chama lhe pertence?

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