segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Epitáfio

Passos trêmulos à meia-noite
Sobre areia movediça
Do fim que me espera
E eu nego firmemente

Vejo o passado enterrado
Sepultado com violência
Revoltado
E implorando para ressuscitar

No meio do campo santo
Minha caveira se levanta
Gritando ofensas contra os meus defeitos
Que assustados, se enterram aos montes
Eu durmo durante sete dias
Refletindo sobre meus atos profanos
Sob a sombra de uma grande cruz
Enfeitadas com palavras bonitas

Meu sono se finda
Meu corpo se ergue sob a luz do luar
Envolto de sabedoria
Eu pego meu manto e cubro minha caveira

Ramon Arcanjo


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