sábado, 23 de novembro de 2013

Minha Queda

Um maldito redemoinho
Cheio de sentimentos confusos
Vontades reprimidas
E palavras ocultas dentro de um coração que se sacrifica a todo momento

Lágrimas ficam enterradas em um cálice
Vigiado por uma carta de tarot
Uma cruz
E quatro arcanjos

Mas nenhum deles é capaz de dar fim ao meu sofrimento
Então eu choro
Na esperança de ser ouvido por aqueles que me guardam
E que algo bom esteja reservado no meu futuro

Minha impaciência confabula com minhas dores
E deixa meu egoísmo mais forte
E meu medo maior do que a minha coragem
E vejo a chama da minha vela diminuir aos poucos

Aguardo ansiosamente que o vento me leve de volta ao começo
Onde tudo é puro
E eu tinha o controle de mim
E dos meus demônios

Ramon Arcanjo


2 comentários:

  1. Prezado Ramon, que belo poema. Sensível, belo, profundo, intricado. Existem duas naturezas belas. Aquela que todos conhecemos, que está diante de nossos olhos e a outra, que somente nós mesmos conhecemos e que por algumas vezes permitimos que outras pessoas a conheçam, através de nossas palavras e nossos escritos. Parabéns pelo poema. Brinde-nos com outros de mesma grandeza e beleza.

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    1. Assim eu fico sem graça. Mas muito obrigado pelos elogios e eu prometo fazer o máximo pra ficar à altura dos seus elogios. ;D

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