domingo, 13 de outubro de 2013

Lágrimas Vazias

As gotas que escorrem pelo vidro da janela
Não tem gosto nem cor
São ocas como madeira podre
Corroídas por cupim

Derramam-se sobre meus lábios
Amargas como veneno
Mas necessário ao meu paladar
Para que possa se refinar

Arrependo-me? Claro!
Profundamente!
Mas a quem posso culpar
Além da minha própria ingenuidade?

Talvez eu soubesse de tudo
E no fundo só quisesse uma aventura
Fazer parte de uma história
Onde eu não fosse o único personagem

A traição dói
A solidão mais ainda
E mais do que elas
Uma vida não vivida

Ramon Arcanjo


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